segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Gaviões da Fiel processa torcida LGBT corintiana por uso de imagem e plágio O curioso é o argumento usado pela instituição para vetar a “Gaivotas”.




>Foto: Reprodução
Gaivotas Fiéis, torcida LGBT do Corinthians, é acusada de plágio pela Gaviões da Fiel.
A Gaviões da Fiel decidiu entrar com um processo para impedir que a Gaivotas Fiéis, torcida LGBT que foi fundada por Felipeh Campos, que ficou nacionalmente famoso por participar da atração “Qual é a Música”, de Silvio Santos. O motivo alegado pela Gaviões é o uso indevido do escudo do clube e um plágio do símbolo da própria torcida organizada.

O processo já está na polícia, e poderá modificar os planos de Campos na criação da primeira torcida LGBT de um clube de futebol (detalhes sobre o caso estão aqui).

O curioso da história toda não é nem tanto o processo movido pela Gaviões, mas o argumento usado pela instituição para vetar a “Gaivotas”. Ao denunciar o uso indevido da marca do Corinthians, a torcida organizada acaba criando um motivo para ela mesma acabar sendo punida.

Sim, a Gaviões acusa a Gaivotas de deturpar o símbolo do Timão ao descaracterizar o timão e usar elementos que fazem referência ao grupo LGBT. O argumento usado por Ricardo Cabral, advogado da torcida organizada mais tradicional é o de que é permitido o uso do símbolo do clube, mas não a “deturpação” dele.

O uso do símbolo do Corinthians, de forma “correta” ou “deturpada”, caracteriza em apropriação de maneira indevida da marca de outro. Apesar de bater no peito e ter orgulho em dizer que a Gaviões é “dona” do Corinthians, legalmente isso não existe.

Tanto os Gaviões quanto as Gaivotas, ou qualquer outra torcida organizada no Brasil, deveriam ter a licença formal para uso da marca de um clube. Em tese, inclusive, as torcidas deveriam pagar uma licença para comercializar produtos com a marca dela e do clube.

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