segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Parada Gay reúne mais de 50 mil pessoas em Florianópolis



Pelo menos 50 mil pessoas participam da Parada Gay de Florianópolis no final da tarde deste domingo (08/09), de acordo com os primeiros cálculos da Polícia Militar. A concentração começou diante de um tradicional bar da avenida Beira Mar Norte. Desde as primeiras horas da tarde, milhares de pessoas se aglomeravam no local, usando fantasias e muitas roupas coloridas.
Por volta das 17h, autoridades locais decretaram o início do evento. Milhares de pessoas seguiram pela avenida Beira Mar acompanhando seis trios elétricos. A festa deve prosseguir até a meia noite.
“Já venho aqui há cinco anos e faço questão de chegar cedo”, afirmou Adriane Gallo Santin, 31 anos. “Só não vim antes pois minha filha era muito pequena. Hoje, ela se diverte tanto quanto a gente.”
Uma série de atividades marcou a Semana da Diversidade em Santa Catarina. Debates, sessões de cinema e até mesmo um futebol com drag queens foram promovidos desde a última terça-feira.
Parada da Diversidade de Florianópolis está em sua oitava edição, e a organização espera que pelo menos 100 mil pessoas passem pela avenida Beira Mar Norte neste domingo. “Neste ano, o nosso tema é o Amor tem Todas as Cores”, disse o vereador Tiago Silva, presidente em exercício da Câmara Municipal e organizador da Parada Gay. “Foi uma semana importante que tem a Parada como seu ponto alto.”
Contra Feliciano e intervenção na Síria
O deputado federal Marcos Feliciano e a possibilidade de intervenção norte americana na Síria foram alguns dos temas lembrados durante a Parada da Diversidade. Vários participantes levaram faixas e cartazes para protestar contra o deputado, que já fez declarações polêmicas sobre os homossexuais. “Feliciano: o amor não precisa de cura”, diziam algumas das bandeiras dos manifestantes.
Uma manifestante nascida na Síria carregava a bandeira de seu país e uma camiseta com identificação do Hezbollah. “Estou aqui para protestar contra essa ameaça de intervenção dos EUA em nosso país”, disse Rafitha, que mora em Florianópolis com a família. “Nada melhor do que um evento de conscientização, como a Parada Gay, para alertar sobre a agressão que meu povo está prestes a sofrer”.
do Terra
por Fabrício Escandiuzzi

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