O "Centro Gis", em memória de Gisberta, a transexual
assassinada no Porto em 2006, nasce hoje em Matosinhos fruto de um
compromisso com o Estado e pretende ser uma resposta às necessidades da
população LGBT do distrito.
"Não há nenhum serviço que responda às necessidades destas populações",
explicou à Lusa Sofia Neves, presidente da Associação Plano i (APi) para
a Igualdade e Inclusão que hoje vai assinar uma carta de compromisso
com a Secretaria de Estado para a Cidadania e Igualdade e a autarquia de
Matosinhos com vista à constituição do centro.PUBO espaço surge da
"ausência de resposta na zona do grande Porto" para as necessidades da
população LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Trans), nomeadamente ao
nível social, psicológico e jurídico, assinalou a responsável.
O Centro Gis -- "em memória à mulher transexual Gisberta assassinada no
Porto em 2006" -- irá funcionar todos os dias e prestar apoio a uma
população que por vezes ainda vive "à margem", razão pela qual serão
também desenvolvidas ações de formação, informação e sensibilização com a
população envolvente.
O novo centro de atendimento LGBT, que a presidente espera ver de portas
abertas em dezembro, será um espaço de atendimento presencial e de
desenvolvimento de atividades com as diversas comunidades e irá
funcionar em instalações cedidas pela Câmara Municipal de Matosinhos à
associação na Rua Brito Capelo.
A assinatura da carta de compromisso decorrerá hoje pelas 17:00 na
Câmara Municipal de Matosinhos e contará com a presença da secretária de
Estado para a Cidadania e a Igualdade, Catarina Marcelino, e do
presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, Guilherme Pinto.
Com o funcionamento financiado pelo Estado, o novo espaço um espaço de
atendimento LGBT pretende ainda prestar "auxílio a uma população que
apresenta condições específicas de vulnerabilidade à violência, à
discriminação e à opressão em várias esferas da vida social", indica a
autarquia em comunicado.
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