sábado, 21 de dezembro de 2013

EUA: avança lei contra discriminação sexual no trabalho Votação da proposta foi aprovada pelo Senado, que deve passar projeto até fim da semana. Depois legislação segue para a Câmara, onde encontra resistência

Manifestante defende direitos iguais para os gays nos EUA
Manifestante defende direitos iguais para os gays nos EUA (Robert Galbraith/Reuters)
O Senado dos Estados Unidos autorizou nesta segunda-feira a votação do projeto de lei que proíbe todo tipo de discriminação no trabalho em relação à orientação sexual. A proposta avançou depois que 61 senadores (54 democratas e sete republicanos) votaram a favor da apreciação do projeto, o que virtualmente garante sua aprovação até o final desta semana.
Depois, o projeto segue para os debates na Câmara dos Deputados, mas a maioria republicana na Casa é vista como um entrave à sua aprovação. A proposta da Lei de Não Discriminação no Emprego (ENDA, sigla em inglês) é a primeira legislação contra a discriminação no trabalho de lésbicas, gays, bissexuais e transexuais na história dos Estados Unidos.
O presidente americano, Barack Obama, publicou no domingo um artigo de opinião pedindo que o Congresso aprovasse a lei o mais rápido possível para que, assim como não é permitida a discriminação racial, também não se permita a segregação por orientação sexual. "Em muitos estados, uma pessoa ainda pode ser despedida de seu emprego simplesmente por ser lésbica, gay, bissexual ou transexual", escreveu Obama no site The Huffington Post.
"É ofensivo, é errado e necessitamos acabar com isso porque, nos Estados Unidos, quem você é e quem você ama não deve ser motivo de demissão", argumentou o presidente.
Nesta segunda, após conhecer o avanço da legislação no Senado, Obama disse durante um ato com simpatizantes democratas em Washington que "pouco a pouco começamos a perceber que algo de bom senso começa a prevalecer" no Congresso, mas lembrou que a lei encontrará "resistência" na Câmara.
O presidente da Câmara, o republicano John Boehner, apressou-se a dizer que não é a favor da nova legislação porque "aumentará os processos judiciais e vai custar empregos, especialmente nas pequenas empresas".

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