Uma
Corte federal de Apelações anulou, nesta quarta-feira, a proibição dos
casamentos homossexuais em Utah, no oeste dos Estados Unidos.
Esse tribunal fica em Denver, no Colorado, mas tem jurisdição sobre outros cinco estados.
A
decisão permite aos casais do mesmo sexo se unir legalmente, depois da
histórica decisão da Suprema Corte americana sobre o tema no ano
passado.
O
tribunal considerou que a 14ª Emenda da Constituição "protege o direito
fundamental de se casar, estabelecer uma família, criar filhos e
desfrutar da proteção total das leis do Estado sobre o matrimônio".
"Um
Estado não pode rejeitar o direito de duas pessoas de se casarem, ou se
recusar a reconhecer seu matrimônio simplesmente pelo sexo dos
cônjuges", explicou a sentença, decidida por dois dos três juízes dessa
corte.
O
Tribunal de Apelações suspendeu, porém, a entrada em vigor de sua
decisão, devido ao possível recurso da sentença que poderá ser
apresentado perante a Suprema Corte.
Em
janeiro, a mais alta instância jurídica do país bloqueou, de forma
provisória, os casamentos gays em Utah. O Estado havia lhe pedido que
suspendesse urgentemente uma sentença inferior. O governo federal
ressaltou, então, que daria apoio total às centenas de matrimônios
homossexuais que Utah, berço dos mórmons, recusava-se a reconhecer.
Desde janeiro, o Estado se negou a emitir cerca de 1.300 certidões de casamento para casais do mesmo sexo.
Nos últimos meses, a Justiça americana suspendeu proibições similares em Oregon, Idaho, Oklahoma e Arkansas.
Em
uma decisão histórica, em junho de 2013, a Suprema Corte decretou que
os casais gays têm direito às mesmas indenizações que os heterossexuais.
Nos
Estados Unidos, porém, as leis sobre casamento são votadas em nível
estadual. Em mais de 30 estados, essas uniões continuam sendo proibidas.
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