"Indivíduos
LGBT em Uganda são uma minoria vulnerável e marginalizada, que já
enfrenta violência e discriminação. Se assinada pelo presidente, esta
nova lei vai reforçar o estigma e o preconceito e institucionalizar a
discriminação", disse a porta-voz do Alto Comissariado da ONU para os
Direitos Humanos (ACNUDH), Ravina Shamdasani.
Se
o texto for promulgado, quem mantiver um relacionamento homoafetivo no
país será condenado à prisão perpétua e quem "promover" a
homossexualidade pode ir para a prisão.
O
ACNUDH observou que a lei teria um efeito negativo não só sobre os
direitos fundamentais da população LGBT de Uganda, mas também sobre o
trabalho dos defensores dos direitos humanos e dos esforços para
enfrentar o HIV/Aids no país.
A
agência acrescentou que o projeto de lei viola os direitos à liberdade,
à privacidade, à não discriminação e à liberdade de expressão, reunião e
associação pacíficas protegidos pela Constituição do país, pela
Declaração Universal dos Direitos Humanos e pelo Pacto Internacional
sobre Direitos Civis e Políticos ratificado por Uganda.
O
secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu a descriminalização
completa e universal da homossexualidade, ainda considerada crime em 76
países, ressaltando que os direitos humanos devem sempre triunfar sobre
atitudes culturais e restrições sociais.
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