Parece que as orações e cantos religiosos não serão unânimes durante a
Jornada Mundial da Juventude, um dos maiores eventos católicos do mundo
e que se inicia na próxima semana, no Rio. Pelo menos quatro protestos
estão marcados para acontecer durante o evento: pelos direitos da
comunidade LGBT, pela laicidade, contra o aumento dos casos de estupros e
contra a corrupção e por melhorias nos serviços públicos.
No dia da chegada do papa Francisco ao Rio de Janeiro, nesta
segunda-feira, a Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos vai
promover um ato contra o uso de recursos públicos em eventos religiosos,
em nome da lacidade. O presidente da entidade, Daniel Sottomaior,
explica que os ateus também vão realizar uma cerimônia simbólica de
desbatismo coletivo, para protestar contra a imposição de uma religião
às crianças.
A Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transexuais
vai aproveitar a ocasião para pedir igualdade de direitos aos
homossexuais, a começar pelo direito de demonstrar afeto publicamente,
como os outros casais. Para isso, a alternativa escolhida foi o tão
famoso “beijaço”. João Pedro Accioly, um dos organizadores, comenta que
outras pautas LGBT também virão à tona.
No domingo, está prevista mais uma edição da Marcha das Vadias no
Rio. A organização feminista se manifesta contra os altos índices de
estupros no país.
Sou totalmente a favor de carinho em público (sempre ando de
mãos dadas com meu namorado e faço questão de abraçá-lo ou dar um
selinho onde quer que estejamos). Mas, sinceramente, não sei se
“beijaços” são uma maneira eficiente de pedir respeito da sociedade…
Ainda mais em meio à comunidade religiosa. Até porque, JMJ não é um
evento que brigue contra os direitos da comunidade LGBT (como vemos na
Marcha para Jesus, por exemplo)…
Vamos ver no que isso vai dar…
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