“Li uma notícia sobre o médico Nikolay Govorin, que criticou as leis europeias de matrimônio para homossexuais. Muitas pessoas comentaram essa notícia e pediram tolerância a Govorin e proteção dos direitos dos homossexuais e dos pedófilos”, afirmou Mikhailov, ressaltando que discorda do pedido por tolerância.
Ele declarou que a região russa do Transbaikal precisa passar uma lei “que permita que os policiais prendam os gays, levem-nos para as praças e que lá sejam chicoteados”. Segundo ele, “na Rússia, a bunda era utilizada para fins educativos, não para fazer amor – é assim que deve ser”.
Mikhailov também disse que a questão das relações entre pessoas do mesmo sexo esconde vários problemas, especialmente a respeito da defesa do país, da demografia e dos crimes sexuais.
O organizador da Parada Gay de Moscou, Nikolai Alekseev, disse no Twitter que está pronto para receber as chicotadas. E ironizou: “Já que a Rússia quer voltar à Idade Média, é preciso ser coerente. Vamos cortar as mãos dos políticos e funcionários públicos que forem pegos roubando. E que isso seja feito na praça central de cada cidade, como um espetáculo”.
Alekseev disse que que atualmente há uma competição na Rússia para saber quem tem a “ideia mais insana” e consegue chegar às capas de jornais. O ativista lembrou também que ontem o presidente Barack Obama fez um discurso em Berlim sobre liberdade e direitos humanos, incluindo o direito de amar e de registrar o casamento entre pessoas do mesmo sexo. “Você olha para isso (o discurso de Obama) e acha que é uma realidade paralela. Ao mesmo tempo, aparecem deputados que propõem que uma classe de pessoas sofra punições físicas”.

Lei anti-propaganda gay
Em 11 de junho, a Rússia aprovou uma lei que pune qualquer ato de “propaganda homossexual” em frente a um menor de idade. A lei foi aprovada pela Duma (Câmara Baixa do Parlamento russo) por 436 votos a favor, uma abstenção e nenhum voto contra.
O descumprimento da lei pode significar uma multa de até 5 mil rublos (R$ 340) para pessoas físicas, 50 mil rublos (R$ 3,4 mil) para pessoas públicas e o estratosférico valor de 1 milhão de rublos (R$ 67,8 mil) para as entidades jurídicas.
A deputada Elena Mizoulina, co-autora do projeto, comemorou a aprovação da lei. “As relações sexuais tradicionais são relações entre um homem e uma mulher. Estas relações precisam ser protegidas pelo governo”.
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